
Por Amauri Nolasco
Sanches Junior
Acho bem interessante as palestras cientificas espiritas,
porque sempre achei que a ciência não deveria estar a parte da parte
espiritual, não deveria estar a parte de uma perspectiva que o corpo fali, mas
a consciência fica. Afinal, por que ficamos a vida inteira aprendendo e nos
aperfeiçoando, só para esta vida e só para viver nesse mundo? Há sentido num
pensamento desses? Não. Não há fundamento. Não há nem logica acharmos que não
há nada além da matéria no qual conhecemos – que a física quântica está
mostrando que não é bem assim – e que, por mais que conheço os objetos,
aparecem outros que se inventam outros termos. Mas esse texto não é para
falarmos do espiritismo, mas falar do entendimento que nós percebemos, cada dia
mais, da “coisificação” do ser humano com uma educação cada dia mais vem
fazendo dos jovens, seres humanos “psicopatas” do mesmo nível dos nazistas.
Quem não conhece a história do médico nazista, Josef
Mengele? As experiências dele eram anotadas por duas enfermeiras, com afeiçoes
muito normais como qualquer enfermeira, mas eram assistentes do Mengele. Eram
capazes de assistirem as experiências sem ao menos, expressarem qualquer
remorso ou pena, das crianças judias que eram derramados substancias (tinta)
azul em seus olhos, uniam veias em crianças gêmeas e outras atrocidades, como
se fizessem em um animal. Mas eram pessoas que tinham educação, eram bastante
eruditos e não tinham quaisquer antecedentes de crimes ou violência. Mengele
era um ótimo medico e uma das suas assistentes, recebeu um prêmio por ser uma
ótima profissional e cuidar de idosos com tanta dedicação. Não eram feios e
tinham uma aparecia agradável, eram bonitos e bem arrumados, absolutamente,
nada, justificariam serem chamados de psicopatas ou de assassinas. Mas o que
fizeram elas matarem crianças judias e não matarem crianças alemãs? Eu posso
amassar um copo descartável com bastante brutalidade, quem tiver perto não vai
sentir nada, no máximo, vai dar risada. Por que? Porque esse copo de plástico e
uma coisa, reconhecemos como um objeto inanimado que não sofremos nenhuma
empatia, apenas, usamos esse copo para beber e jogar fora.
Uma pergunta ética se faz necessária: você conseguiria ser
um assistente do médico Mengele? Você conseguiria achar que aquelas crianças
eram diferentes das crianças que você tem na sua casa? Por que acontece isso?
Porque se prestarmos bastante atenção, principalmente, no discurso de Hitler e
seus asseclas, vamos constatar que em várias ocasiões os judeus foram chamados
de “porcos”, foram chamados de “animais” e já havia muito antes essa cultura de
um antissemitismo muito largo dentro da Europa. Essa “coisificação” dos povos
semitas, foram se estendendo a povos eslavos, aos povos negros (já que estudos
mostram, que Adolf Hitler era leitor de obras eugênicas norte-americanas), até
mesmo, se estendendo a pessoas com vários tipos de deficiência. Sim. Pessoas
com deficiência física eram jogadas pela janela só pelo fato de terem uma
deficiência, se virava as cadeiras de rodas e elas caiam lá em baixo. Sem
remorso e sem culpa. Eram objetos que davam gasto a sociedade e deveriam ser
descartados, afinal, são coisas que merecem ser jogadas fora.
Hoje é diferente? Veremos que não. Por que não? Porque temos
uma parte do cérebro que são três partes, uma tem a ver com o reconhecimento do
ser humano, outra tem a ver com o sentimento que temos pelo outro ser humano e
um terceiro que tem a ver com o caráter. Bom, imaginamos jogar um objeto não
chão, e esse objeto se quebra, não vamos expressar sentimento nenhum sobre o
objeto. Mas se nós atirarmos no chão uma criança? Expressamos uma expressão de
horror, afinal, como eu tenho coragem de jogar um bebe no chão sendo um bebe?
Mas se for uma criança de outra cor ou de outra etnia que estou lutando contra?
Hoje, com os avanços tecnológicos (isso não é errado e sim, o que fazemos com a
internet e computador), as crianças ficaram muito mais fechadas entre si
mesmas. Afinal, para que irei fazer que meu filho conviva com tudo aquilo que é
diferente? Todo mundo sabe, que o nazismo fez uma grande campanha de “coisificação”
dos judeus e não só judeus, mas tudo aquilo que acham errado. Hoje não é
diferente, nem os regimes não são iguais, só dar uma pesquisa na internet e
veremos vídeos de homens mulçumanos batendo em mulheres, países arábicos
matando deficientes, cristãos, vídeos de pessoas na China passando por cima de
garotos com carros, batendo em crianças do nada e outras coisas. Foram criados com
o pensamento que crianças são objetos, mulheres são objetos, pessoas com
deficiência são objetos, não diferente dos nazistas.
Colocamos na inclusão de pessoas com deficiência. Por que a
lei de cotas de empresas – estou dizendo uma lei, não é uma campanha ou uma
caridade, é uma lei – que tem que ter uma porcentagem (cotas), para pessoas com
deficiência? Na maioria das vezes, muitos desses empresários, muitos desses
executivos ou empregados do RH (Recursos Humanos), nunca viram ou tiveram
nenhum contato com pessoas com deficiência. Quem iria deixar seu filho, criado
com “Toddynho” conviver com pessoas com deficiência, sem braço, numa cadeira de
rodas, segurar ele e deixar ele cair, talvez? Vai que é contagioso e meu filho
que sempre tomou “toddynho”, estará pronto em ser um “garanhão” ou se for
mulher, uma “princesa” que vai ser cortejada (nunca os “afegões” médios admitiram
que as suas filhas eram mulheres desejadas pelos próprios “garanhões” que
criam), ser invalido em uma cadeira de rodas? Conviver com gente que não ouve,
conviver com gente que não enxerga, conviver com gente que não tem capacidade
de expressar um sentimento ou tem uma personalidade infantil, nunca. Meu filho?
Que criei sem conviver com isso, sem traumas, sem o horror de ver essas COISA
FEIA que pode traumatizar, pode achar que meu filho tem que carregar ele. Pois é!
Cresce com a “crença” que somos uma “coisa” e não seres humanos e ainda pior, que
ainda temos que ficar confinador em instituições
como a AACD. No blog mesmo eu mostro meus diplomas, tanto nesse, quanto no meu
antigo blog Ser um Deficiente e alguma agencia de publicidade me procurou? Alguma
empresa de TI ou alguém querendo palestras sobre o assunto? Alguma revista ou
jornal ficaram interessados sobre o que eu escrevo? Nem as revistas de inclusão?
Por que será? Primeiro, as revistas e jornais que circulam, são produzidos
pelas pessoas que foram criadas com “Toddynho” e não conviveram com as “coisas”,
e as revistas de inclusão, querem algo muito mais “positivo” e menos “negativo”.
Então, quando sairemos dessa Matrix, onde só os “Nick Vijcic” são vistos, onde só
os vídeos dos “famosos” ganham prestigio? Você pensa diferente? Não creio.
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