segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Nietzsche é só cabeçada e sangue nos “zóio”







Amauri Nolasco Sanches Junior

Eu acho que o povo brasileiro não aprendeu a filosofia de Nietzsche e nem quer aprender, pois, tudo para o brasileiro é diferenciado do resto do mundo. Mas que existem certas professoras de filosofia que esbravejam (tem vídeo do youtube que comprova), que poderiam entender melhor a sua filosofia que chamam todo mundo de “fascista”. Que a maioria do povo não conheça, estamos cansados de saber, mas quando estamos falando de uma professora de filosofia que escreve um livro sobre dialogar com um fascista (como se devêssemos apenas enxergar a corrupção dos partidos da “elite”), chegamos a raias do preocupante. Também acho que professores de filosofia deveriam ser neutros, deveriam enxergar a situação como se tivessem em uma montanha, mas não é isso que vimos. Vimos cada vez mais professores serem da esquerda “burra” que ainda insiste em uma filosofia que já provou ser inócua e que não ajudara em nada o ser humano. Querer uma mudança cultural sem o socialismo ou o comunismo (como a esquerda europeia e norte-americana que não é socialista e muito menos, seguem a cartilha marxista), até é uma demonstração de bom senso e a razão mor de todo pensamento (bem serio), político.

Na política não podemos ser relativistas (do “cada um pensa de algumas maneiras”), porque ficamos sempre achando que meu ponto de vista é o certo e não é. Essa preocupação é justificada porque se uma professora de filosofia, que gosta de Nietzsche (que era avesso a qualquer ideologia, religião ou pensamento humano predominante), tem uma postura de esquerda, que defende que houve um golpe e fica chamando as pessoas que não concordam com sua visão de fascista, um tanto inusitada. Claro, que eu questiono muitas posições de Nietzsche e outros filósofos, mas achar que cada pensamento remonta o que você pensa e não é assim, pois, eu já vi isso, dizerem que não temos nenhum compromisso com nenhum filósofo, mas deveríamos ter coerência. Qual coerência? A questão não é ter ou não compromisso com o filósofo que citamos, mesmo o porquê nem sempre concordamos com tudo dos filósofos, mas quando estudamos a filosofia temos que nos questionar. Será que muitas pessoas estão enganadas ou eu estou só olhando um lado de toda história?

Sempre digo que o importante não é a resposta, mas o importante sempre é a pergunta. Então, por que um governo não pode ser retirado porque errou? Por que devemos, necessariamente, ter um lado nessa história? Pois eu não me contemplo em ter um lado, eu não me conformo em ser uma “coisa” engessada que eu tenha que ter um lado, que tenho que ter uma ideia, mesmo o porquê, ideias não podem ser presas em um só conceito. Ideias que visam um só conceito, sempre acabam sendo ideias autoritárias. E um professor e filosofia ou um filósofo (mesmo o porquê, nem sempre as pessoas que ensinam podem ou querem filosofar), que não sabe disso é um caso de se dizer filósofo e não saber o que isso significa. Mesmo o porquê, o fundamento da democracia não dá o direito de corromper só porque a maioria o elegeu, ou seja, a maioria escolheu o candidato para governar e fazer o que a população necessita. Mas estou com Nietzsche, nenhum “ismo” pode nos salvar, porque qualquer ser humano famoso como os políticos vão fazer amizades por interesses e sempre o fara, até o ser humano não procurar fugas metafisicas e nem fugas ideológicas. A ideia de um “rei filósofo” platônico não passa de uma memória ancestral quando éramos primatas no meio da savana africana e precisávamos do “macho alfa”, aquele que irá conduzir o clã para lugares onde existem comida e abrigo contra os predadores.

Não somos tão fracos, não precisamos mais de abrigo para predadores, mas precisamos de comida, precisamos cada vez mais evoluir ao ponto de não precisarmos ter tutores. No fundo, sabemos muito bem como e quando as nossas necessidades devem ser atendidas, mas o homem (como ser humano), sempre vai optar pelo o que é mais cômodo, pelo que é de fácil acesso.  Mas nós defendemos com a cultura, achamos que nós somos seres muito mais superiores do que realmente somos, porque estamos sempre usando nossa consciência para construir tudo que pode nos dar conforto. Para termos tudo isso, todo esse “enrosco” de ideias e culturas, pararmos de acreditar nos reais valores que regem o ser humano a fazer sempre o que deve fazer, como olhar para ele mesmo e tomar sua própria decisão. O que aconteceu? Criamos fugas metafisicas, criamos subterfúgios para não aceitar a vida e todas as suas emoções, todas as dificuldades, todas as coisas que realmente importam. Daí passamos a não acreditar em nada, pois, a vida e esse mundo é que realmente que existe e matamos Deus, matamos o homem de decisões, matamos todos os valores que colocavam o ser humano como um ser humano, amar ser um humano. O super-homem não precisa acreditar num governo, não precisa acreditar nas religiões e não precisa se preocupar com o devir, não interessa o que ele vai ser depois da morte, mas o que ele vai ser durante a vida e a vida pulsa sempre.

O mundo é justo? Não. Todas as pessoas podem ter tudo? Não. Mas existem pessoas que conseguem e tem esse mérito de ter conseguido ter quase tudo, realizado alguns desejos, realizado sonhos que trabalharam para realizar. Ficaram orgulhosos (no sentido de gostar do que fazemos), mostraram seus méritos, mostraram que conseguiram até serem governantes, mas aparece os que não conseguiram, que esperam as coisas venham de alguém ou de um ser maior e fora do tempo, esperam que um dia eles dão a eles. Esse alguém são os heróis ou ídolos (os nossos ídolos e a DC e MARVEL COMICS mandam abraços), o ser metafisico é o que se chamam Deus e ao longo desses séculos, chamam em vários nomes. Tem alguma coisa de errado acreditar nisso? Não. O que está errado é se apoiar nisso como algo que fara uma espécie de “justiça” ou lhe dará uma verdade, mas existe um problema: não há verdade absoluta, pois, as verdades mudam sempre. Se não existe verdades absolutas que não podem ser mudadas, não existem fatos que são eternos, pois o tempo é continuo e devemos aceitar as coisas como são. Amar o destino. Se sou deficiente cadeirante, esse é o meu destino e devo aceitar para não criar “fantasias” que vou melhorar, que em algum dia alguém vai encontrar a cura da minha deficiência e aceitando o destino, não vou ficar ressentido daqueles que não tem deficiência.


Não existe nada além do que ilusões, porque tanto a esquerda, quanto a direita, estão no mesmo barco. Os famosos sempre vão criar amizades pelo seu próprio interesses, esses interesses são a “chave mestra” de toda política e não pode ser acreditada cegamente. Eu não posso confiar em políticos que fazem acordo com outros políticos que sempre foram adversários desses políticos, não posso confiar em pessoas que dizem uma coisa um dia e no outro, dizem outra coisa. Mudar de ideia é uma coisa, todos nós podemos mudar de ideia, mas fazer aquilo que sempre criticou é incoerência. Não podemos questionar isso do governo? Não podemos achar que o governo está em milhares de erros e não pode mais ficar na presidência? Acho que esse papo de comunismo (coisa que o petista nem sabe o que é), esse papo de coxinha e mortadela (que adoro muito), está muito chato e polarizado demais porque as pessoas não querem discuti, querem ter razão. No fundo, sabemos que o Facebook é do “diabo” porque só tem discórdia (não que acredite em demônios e sim, o “diabo” no sentido de que é um verdadeiro inferno), só tem pessoas agredindo uma as outras. Agressões são democráticas? Impor um pensamento é uma forma democrática? Acho que os dois lados são fascistas e deveriam ler mais Nietzsche. 


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