quarta-feira, 24 de maio de 2017

Aquela escola velha...




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Por Amauri Nolasco Sanches Junior



A muito tempo que venho falando sobre a educação, seja inclusiva ou não, que está ultrapassada e não tem nenhuma razão de acharmos que vai ensinar alguma coisa a alguém. Diferente do Olavo de Carvalho, não acho que o problema é o método do mestre Paulo Freire, nem mesmo, as mazelas que a esquerda brasileira acha que é a educação. A educação é a aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano. Seria a pedagogia, a didática e o ensino daquilo que é a realidade do mundo. Então, o que estamos fazendo com a educação aqui que não estou vendo isso? A internet potenciou o discurso dos idiotas dizendo que a culpa é daquilo, a culpa é daquilo outro, mas ensina o filho a bajular o professor, ensina o filho a fazer de tudo para tirar notas boas na escola, menos aprender. Mas não é só os jovens, os ensinos técnicos estão cheios de falhas, apostilas que passaram da hora de serem renovadas, métodos que não se aplicam mais. 


Ora, pensar é importante, não se pode aprender sem nunca questionar. Será, por exemplo, que realmente, Pedro Alvares Cabral, foi o almirante único branco europeu que pisou aqui? Será que é necessário o ensino do teorema cartesiano nas escolas? Lembrando sempre, que esse teorema cartesiano é importante para engenheiros, para jovens de 16 anos, é desperdício de tempo e de dinheiro. Uma apostila de técnico de administração ter a seguinte pergunta: “Você já pensou sobre a forma como você arruma sua casa? ”, não pode ser um curso sério, porque até mesmo um leigo como eu, sabe que uma empresa não é como uma casa. Os setores de uma empresa são muito mais complexos do que um cômodo de uma casa que tem apenas nem um metro de tamanho, em alguns casos. Você vê que professores universitários nem sabem o que está na teologia protestante, não sabem falar de política sem serem bilaterais, não sabem analisar em cima da montanha, como diria Nietzsche. Como querem que temos uma educação de verdade?


Lendo um post do blog ou site, Universo Racionalista, cujo o nome é: “O DESPRESTÍGIO DA ACADEMIA BRASILEIRA”, vejo o quanto nossa educação está embrenhada dentro de um complexo desperdício de recursos e nada de ensino. Como um mestrado de uma Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tem a capacidade, de aprovar um mestrado que nada se entende, o trabalho está completamente fora dos padrões da ABNT e ainda, na apresentação, o aluno aparece nu? Ele é um mestre, ele tem que ter autoridade para ensinar, então, essas coisas “marcam” sua autoridade como professor. Modernizar o ensino não quer dizer, tirar do professor, uma certa autoridade dentro da sala de aula. Mesmo o porquê, os professores “chatos” são aqueles que ensinam melhor, porque usa melhor a sua autoridade. Sempre temos que lembrar, que educar é preparar o aluno proporcionando uma ampla aplicação de um método de assegurar que a formação do indivíduo seja feita, sendo, físico, intelectual ou moral. Que moral tem um professor que fica pelado em uma aplicação de um TCC de mestrado? Não é a moral do moralismo, mas a moral que faz um professor ter uma postura acadêmica, uma postura de um mestre, uma postura de um letrado que vai educar a próxima geração. Sair do convencional, não é bagunçar o método cientifico, sair do convencional é mais do que colocar um “urinol” no meio do caminho e dizer que é arte (Duchamp quis fazer ironia com a arte moderna, foi levado a sério demais). 


A moral – num sentindo bem restrito – é aquilo que pertence ao espirito do homem. Não é uma idiotização ideológica, mas o que você mesmo é, não precisando de outras regras para ser e se comportar como você mesmo é. Moral também tem a ver com as regras de uma tradição, isso só vai ser adquirido através da cultura, através da educação, através de cada cotidiano. Já o moralismo, muitas vezes, manifesta através de palavras ou uma ação (ato), uma preocupação muito demasiada com questões morais, geralmente, sempre demonstrando juízo de valor ou preconceitos para com os demais, um puritano (doutrinador). Na ética, podemos dizer, que o sujeito tem percepções morais irrefletidas (aquilo que não se reflete) que, está separada de um sentimento real da moral, se baseando nas considerações normativas e tradicionais, sempre julgando uma certa situação a partir dessas considerações sem ter uma atenção mais apurada com a complexidade de seus elementos constituintes.


A título de exemplo, o olavismo é moralista no sentido de não analisar num ponto histórico algum fato complexo daquilo, uma análise junto a moral, é uma análise sempre enxergando um problema baseado nas entranhas da história. Uma prova está o livro Os Jardins das Aflições, analisar Epicuro num pensamento contemporâneo é idiotice demais, mas ainda não acabei esse livro. A questão é muito mais complexa do que jogar a culpa dessa educação tacanha no pobre Paulo Freire, porque há e sempre haverá nas entranhas da nossa cultura, uma “quedinha” pelo moralismo carniceiro. Nossas crianças precisam perder o medo de aprender, porque a essência do moralismo ideológico – seja de esquerda ou de direita – é sempre inibir o questionamento, talvez assim, a questão do ensino fica tão desinteressante. Qual jovem é incentivado a aprender sem religiosidades, sem ideologias, sem moralismo? Aqui, não vejo. Raros são as famílias que incentivam eles mesmos escolherem suas religiões, escolherem suas ideologias (embora eu ache que sim, a esquerda burra tomou conta do ensino), escolher você ser sua natureza verdadeira. 


A vida é muito curta para seguir o senso comum, ser mais um da multidão, fazendo isso, você está sendo fiel as suas convicções. Entrar em negociação com seus princípios são sempre um mal negocio, porque você vai criar repetidores e não inovadores. O sujeito do mestrado não está sendo original ou um gênio, está seguindo o senso comum das universidades, como o ensino técnico está sendo comum, não fara técnicos como nossa nação merece. E o olavimo não é filosofia, mas moralismo do senso comum.


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