
Por Amauri Nolasco Sanches
Junior
Dias desses, sabe lá o porquê, eu estava lendo um artigo
sobre uma moça que disse que não se sentiu representada pelo filme Mulher
Maravilha. Eu achei o artigo chato e longo demais, porque me deu tedio achar que
alguém se sente representado por uma semideusa amazona que só é mais uma heroína
saída das revistas em quadrinhos no qual, curtimos muito. Esse papo de
feminismo fascista já encheu o saco, não que não devemos assegurar os direitos
das mulheres, é que toda a militância acaba sendo uma ditadura branca. Como várias
pessoas falam, principalmente os filósofos que analisam as redes sociais, o
problema não é você praticar tal ideologia, mas você defender essa ideologia
sem ver falhas dessa ideologia. A falha das “feminazis” é confundir direitos
com ódio, confundir direitos com dar supremacias que não existem. Claro, um
homem não vive sem uma mulher, já a mulher, não precisa de nenhum homem para
viver, simples assim. Condenar o filme todo só por causa que a protagonista tem
um diálogo do órgão sexual do mocinho, é de uma chatice sem tamanho.
Acontece que estamos vivendo um período chato de polarização
sistêmica, não precisa nem olhar seu Facebook. São tantos casos que eu deveria
escrever um livro – talvez até vou, não sei – porque as pessoas ficaram com suas
vidas vazias. Isso mesmo, o esvaziamento se deu quando o mundo criou valores
para se ter as coisas e não se apegar a símbolos, só que esse significado está embrenhado
dentro do ser humano porque é da nossa natureza. A publicidade usa muito isso –
não precisa de imagens subliminares para vender, já que na propaganda já tem símbolos
importantes e nos próprios filmes, sempre há e haverá, imagens que vão te convencer
em consumir – esse simbolismo é a maneira que aquilo é mostrado para você e você
reage com o desejo de ter, de ser e de se apegar aquilo ou a alguém. Os heróis gregos
antigos eram esses símbolos no mesmo modo, os símbolos religiosos e ideológicos,
são usados para te fazer pensar que você estando de um lado, você estará estando
defendendo aquilo que é certo. Mas uma pergunta tem que ser feita primeiro: o
que é certo ou errado? Qual a diferença de uma mulher e de um homem além da
parte do gênero e dos entraves culturais? Qual sensação de defender uma
ideologia ou sei lá mais o que você defenda?
Para dar um exemplo, ainda meu pai acredita que homens são biologicamente,
o reprodutor e precisam de sexo toda hora. Claro que isso tem uma parte de
verdade, mas por outro lado, a questão cultural também pesa além de fatores biológico.
Somos, afinal, animais totalmente, sociais e essa sociabilidade tem a ver com a
nossa cultura e a nossa consciência que existe enquanto somos humanos. Sim, a
2.500 anos atrás, Aristóteles já dizia que o homem busca, por natureza, o saber
e esse saber tem a ver com o espanto. Quando nós nos espantamos? Quando nos
deparamos com uma realidade que não é realidade, são apenas culturas
artificiais que nada significam dentro dos valores que nos construíram. Por exemplo,
eu gosto mais dos heróis verdadeiros do que o estereotipo do “bonzinho”, achava
chato demais o Superman e gostava do Batman ou o Justiceiro, até mesmo,
Wolverine. O Superman é o estereotipo do cara bonitão que tem que ser justo e
perfeito para ser o cara que salva, que faz justiça sem ao menos, ter um pingo
de raiva. Não à toa, o “homem de aço” é um extraterrestre, um alienígena que
tem superpoderes graças ao nosso sol amarelo (graças ao gás hélio). Existem coisas
que para mim são entediantes ao ponto de não fazer me interessar, mesmo que a
maioria goste, eu não gosto.
Acontece que as pessoas gostam por questões de status quo,
porque não é possível uma pessoa repetir uma música muitas vezes, sem ao menos,
prestar atenção da letra. Dançar ou ter um momento de euforia, pode até ser uma
bela desculpa, mas ainda sim, não é um motivo tão forte para gostar de verdade
de uma música. Isso, dentro da filosofia contemporânea, se chama massificação e
a massificação é construída não para pensar e sim, para vender. Nada contra,
mas a partir do momento que uma pesquisa diz que a cantora Anitta é mais
complexa de que Legião Urbana e Os Mutantes (claro, que vai ter textão),
devemos nos preocupar com tal dado, porque quando as músicas ficam simplórias demais,
a questão começa a ser preocupante no requisito educação. Educação em todos os
aspectos, porque somos já criados com uma estereotipação de gênero, estereotipação
de condição física, estereotipação do que devo pensar e agir dentro daquilo que
a sociedade e o senso comum acha ser verdade. Mas o que é a verdade? A verdade
é um objeto de ostentação?
Quer sair disso? Então comece saindo da massificação de opiniões,
tenha base solida dentro do que você mesmo pensa, será o único e vai parar com
toda essa chatice.
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